De quem comprar um carro usado?

Particular, loja, leilão, locadora... Há muitas opções para se comprar um usado. Quais são os cuidados que você deve ter ao comprar um carro em cada um desses locais? É o que queremos demonstrar neste artigo.

Hoje vamos comentar sobre os principais tipos de vendedores de veículos e quais os aspectos considerar ao negociar com cada um deles. Mas antes queremos deixar claro que falaremos de estereótipos, ou seja, de como a média dos vendedores costuma agir. As afirmações que faremos são baseadas na nossa experiência no mercado de carros usados. Evidentemente existem exceções, então vamos combinar desde já que se você discordar da nossa opinião, provavelmente seja uma exceção, ok?

Com isso em mente, vamos ao que interessa: de quem é mais seguro comprar um carro usado?

A. O carro de loja ou concessionária

Eis o grupo onde encontramos a maior variedade de ofertas, o dos vendedores profissionais, aqueles que vendem carros por profissão. Teoricamente é o lugar mais seguro para comprar, mas nem sempre é assim. Como em qualquer profissão, existem os bons e os maus profissionais. Alguns deles são profissionais em camuflar os problemas dos carros, enganando os seus clientes.

E não pense que isso esteja restrito às lojas menores. Pode acontecer mesmo em concessionárias vistosas e grandes lojas multimarcas. A vantagem é que as lojas são obrigadas pelo Código de Defesa do Consumidor a oferecer garantia de três meses sobre os veículos comercializados e isso, sem dúvida, é um ponto positivo. Mas comprar em uma loja de outra cidade pode ser um problema, pois em caso de defeito você terá que levar o carro até a loja e aguardar que eles providenciem o reparo em garantia.

Mas não desanime! É evidente que existe um sem-número de boas lojas, com profissionais competentes e sérios. É preciso saber diferenciá-los.

B. O carro de locadora

Nos últimos anos as locadoras de carros passaram a investir numa segunda fonte de receita que tem se mostrado bastante lucrativa: a venda de carros seminovos. Isso ocorre porque eles compram carros com descontos para frotistas e isenção de impostos. Assim, depois de aluga-los por um período, ainda podem vende-los com uma boa margem. Atualmente todas as grandes locadoras mantêm suas redes de lojas próprias de veículos seminovos.

Apesar do mercado, em geral, vê-los com maus olhos, o carro de locadora tem algumas vantagens: via de regra eles cumprem todo o plano de manutenção do fabricante e aqueles veículos que passam por acidentes mais graves são vendidos fora das lojas da rede. Também não é difícil encontrar modelos vendidos com garantia de fábrica, o que é mais um benefício.

C. O carro de leilão

Trata-se do patinho feio do mercado de usados. É sempre taxado de carro com problemas, e por isso o seu valor de mercado é menor. Mas não significa necessariamente um mal negócio. É importante saber o motivo que levou o carro a leilão. O mais comum é por ter sofrido um acidente cujo custo de reparo foi considerado muito elevado por sua seguradora, que preferiu reembolsar o proprietário. Nestes casos são vendidos a terceiros que os recuperam e revendem. Estes são os que merecem maior atenção.

Mas há outros motivos: o carro pode ter sido simplesmente recolhido pelo banco porque o proprietário não conseguiu pagar as prestações, e depois leiloado. Existem também os leilões de empresas, que vendem os carros da sua frota a funcionários. Nestes casos não há motivo para que sejam desvalorizados, embora quase sempre o seu valor de negociação seja mais vantajoso.

D. O carro de particular

Procedência é um termo muito usado na negociação de veículos, e diz respeito à sua origem, ou seja, saber quem era o dono, como usava e cuidava do carro, seu histórico de manutenções, revisões, etc. E o carro de particular é aquele cuja procedência se consegue verificar com mais facilidade. Afinal, ninguém melhor que o dono para lhe contar o histórico do carro.

Sempre que sou chamado para uma avaliação, a minha primeira preocupação é tentar obter informações do seu histórico. Só após essa primeira conversa inicio a avaliação propriamente dita. Assim consigo determinar se o que estou vendo é compatível com o que me foi contado, e isso contribui muito para a segurança da negociação. Se a história do vendedor não ‘bater’ com a realidade do carro avaliado, é menos provável que eu recomende a compra.

Um lojista dificilmente saberá lhe informar quando foi a última vez que se trocou o óleo do motor, os pneus ou alguma peça mecânica importante. A menos que ele tenha obtido essas informações com o proprietário anterior do carro. Este é o principal motivo de eu considerar ser mais fácil e seguro fazer negócio com particulares, pois logo na primeira conversa vai ficar muito claro que tipo de proprietário ele é. Além disso, não havendo um intermediário no negócio, provavelmente será possível negociar um valor mais interessante.

Conclusão

Como dissemos no início, descrevemos os tipos de vendedores em linhas gerais. Por mais que a nossa preferência seja pelo carro de particular, isso não significa dizer que todo carro de particular é bom, muito menos que todo carro de loja seja ruim. É possível fazer bons negócios com todos os tipos de vendedores que apresentamos aqui.

Mas, qualquer que seja a sua escolha, é preciso estar seguro do que está comprando. Se você não se sente à vontade de avaliar um carro sozinho, peça ajuda a alguém da sua confiança que tenha conhecimento para isso. Um bom negócio não se resume apenas ao carro certo, mas também à certeza de que comprador e vendedor se sintam seguros e satisfeitos com a negociação.

Caso tenha mais dúvidas sobre este assunto, deixe seu comentário abaixo ou entre em contato conosco. Aproveite para conhecer os nossos serviços de avaliação e busca de carros!