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A vez dos automáticos


Durante muito tempo o brasileiro torceu o nariz para carros dotados de câmbio automático, e os motivos eram muitos. Entre eles vários plausíveis, como perda de potência, aumento de consumo, manutenção cara, fragilidade do sistema e mico na hora de vender.

Hoje, contudo, a história é outra. Com a tecnologia no setor automotivo avançando alucinadamente, as caixas automáticas ficaram extremamente eficientes, mais rápidas nas trocas que os melhores pilotos, mais econômicas que o mais comedido e metódico dos motoristas, e projetadas para terem a mesma vida útil do veículo.

O câmbio automático hoje está tão difundido que carros de segmento médio para cima encalham nas lojas se não forem automáticos e, quem diria, até os compactos estão saindo de fábrica sem embreagem.

Mas você sabia que há diferentes tipos de câmbios automáticos, e que cada um deles tem características que se adequam melhor a determinados tipos de aplicação? Vamos a eles:

Câmbio automático convencional

A transmissão automática tradicional foi introduzida comercialmente pela General Motors nos anos 40, com o nome de Hydra-matic. Até hoje muitos chamam o câmbio automático de hidramático por este motivo. O sistema funciona à base de óleo pressurizado, o que admite que o motor varie a rotação de trabalho numa mesma velocidade. Isso permite a um carro automático ter menos marchas que um manual, mas ao mesmo tempo tende a prejudicar o consumo e o desempenho. As caixas automáticas mais modernas evoluíram muito, tendo hoje número de marchas até superior às manuais equivalentes. As principais vantagens deste sistema são a suavidade de funcionamento e a robustez, sendo as preferidas para carros de luxo, de arrancada e até tanques de guerra.

Câmbio automatizado

Também chamado de câmbio semiautomático ou robotizado, é mecanicamente muito parecido com um câmbio manual. A diferença, como o próprio nome sugere, é ser operado por um robô, que aciona a embreagem e troca as marchas, dispensando intervenção humana. O motorista, se quiser, pode comandar as trocas por botões ou toques na alavanca. As trocas normalmente são acompanhadas de leves ‘trancos’ na transmissão. É o sistema mais simples de trocas automáticas. Para não chamarem de automáticos, os fabricantes costumam usar nomes comerciais, como Dualogic, Easytronic, iMotion, etc.

Câmbio automatizado de embreagem dupla

Tem funcionamento similar ao anterior, porém com uma diferença importante: o sistema de dupla embreagem, uma para as marchas pares e outra para as ímpares. Isso possibilita que a marcha seguinte já esteja engatada antes da troca. No momento certo, uma embreagem fecha e a outra abre simultaneamente, o que torna as trocas muito mais rápidas e quase imperceptíveis para motorista e passageiros. A sua eficiência é tão grande que este é o sistema mais usado nos superesportivos, como Porsche e Ferrari, a ponto de marcas como a BMW já avaliarem o fim dos câmbios manuais num futuro próximo.

Câmbio de variação contínua (CVT)

A sigla provém do termo em inglês: Continuously Variable Transmission, ou Transmissão Continuamente Variável. Consiste em duas polias cônicas interligadas por uma correia (veja animação ao lado). As polias se movimentam lateralmente, alterando o seu diâmetro. Isso modifica a relação de transmissão continuamente, não havendo marchas definidas, nem trocas perceptíveis. É o tipo de transmissão mais comum nas motonetas (scooters), e tem aos poucos passado a equipar automóveis, à medida que evolui a tecnologia das correias metálicas, capazes de suportar esforços cada vez maiores. Outros modelos de CVT sem correia também estão em desenvolvimento. No Brasil este câmbio está disponível em alguns modelos da Honda, Renault, Nissan e Mitsubishi.

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