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Carros com nomes numerados

Atualizado: 27 de abr. de 2020


Escolher o nome de um carro é quase como nomear um filho. Ao menos é assim que pensam os ‘pais’ de cada novo projeto. O nome deve transmitir a ‘personalidade’ do carro, dependendo do público que se pretende atingir. Um jipe, por exemplo, normalmente tem um nome que remete à sua robustez e capacidade de superar obstáculos. Já o nome de um sedan de luxo deve transmitir requinte e solidez, e assim por diante.

Mas, no mundo globalizado, é preciso estar atento à escolha dos nomes, pois eles podem ter significados diferentes em outros idiomas, ou mesmo remeter a lembranças negativas em determinadas culturas. Esta é a principal razão de haver carros idênticos com nomes diferentes em outros países, tornando a escolha do nome um delicado processo de estudo em cada mercado em que se planeja vender determinado modelo.

Um exemplo, conforme comentamos neste vídeo, é o nosso Chevette. Na época do lançamento, o seu equivalente alemão levava o nome Kadett, mas a GM decidiu não usá-lo no Brasil por um motivo muito simples: vivíamos o regime militar, e o nome do modelo alemão poderia causar polêmica entre os compradores brasileiros. Duas gerações mais tarde, em 1989, o Kadett foi lançado aqui com o seu nome original.

Uma forma de acelerar o processo de definição de nomes, e ainda ajudar (?) no entendimento do posicionamento de cada modelo dentro da linha, é dar nomes numéricos ou com letras e números. Há várias marcas que adotam sistemas assim. Você sabe como funcionam? Vamos ver os mais comuns:

Audi: atualmente a marca das argolas usa letras e números. As letras denominam o perfil, os números o porte. Os modelos padrão usam a letra A (A3, A4, A5...), os de caráter esportivo começam com S. Por exemplo, S3 é a versão esportiva do A3. Seguindo o mesmo raciocínio, os modelos de alta performance começam com RS. A letra Q denomina os SUVs, também cada qual derivado de um modelo da linha padrão. A exceção é o R8, superesportivo top de linha, que não tem ‘irmãos’, nem deriva de outro modelo.

BMW: a marca do duplo rim usa um critério baseado em números de três algarismos. O primeiro, denominado ‘série’, determina o porte do modelo. Os outros dois fazem referência à cilindrada ou potência do motor. Em alguns casos há uma letra no final que corresponde ao combustível. Por exemplo, o BMW 320i é um série 3 (maior que o série 1 e menor que o 5), com motor 2.0 à gasolina. Se terminar com letra ‘d’ é diesel e ‘h’ híbrido. As versões esportivas começam com M (M3, M5), os SUVs com X (X3, X5, X6) e os conversíveis com Z.

Citroën: todos começam com a letra C, por motivos óbvios, seguido de um algarismo (C3, C4, C5...). Quanto maior o número, maior o porte do carro. O mesmo vale para a sua submarca de luxo DS (DS3, DS4, DS5...), cujas letras remetem a um dos modelos mais revolucionários da marca, o Citroën DS, vendido nos anos 1950, 60 e 70.

Mercedes-Benz: as letras determinam a série e porte. Em ordem crescente: A, B, C, E e S. Os números remetem ao tamanho do motor. Portanto um C200 seria o carro intermediário da gama, com motor 2.0 (há variações, algumas vezes é um motor menor com turbo e desempenho equivalente). Os modelos que usam a sigla AMG são produzidos pela divisão esportiva da marca, como o E45 AMG. Os SUVs usam a sigla GL seguidos da letra correspondente ao modelo do qual derivam. Assim, GLC é o SUV da classe C. Os que iniciam com SL são esportivos conversíveis, e os CL são sedãs com perfil de cupês.

Peugeot: os números da marca do leão têm um padrão registrado: sejam com 3 ou 4 algarismos, os centrais são sempre zero. O primeiro algarismo determina o porte e o último a geração. Por exemplo, o 308 é menor que o 408. E o 208 é o modelo que substituiu o antigo 207. Os SUVs usam dois zeros. Portanto 3008 é o SUV baseado no 308.

Bom, é bastante por hoje, né? Não é nosso objetivo alongar demais, nem explorar todos os modelos, mas dar uma ideia de como funciona esta técnica de nomear carros. E demonstrar que as marcas que utilizam esses sistemas não precisam ter as preocupações das que usam nomes próprios. Por outro lado, tais nomes não transmitem nenhuma emoção.

Se restaram dúvidas ou se quiser comentar, o espaço é seu!

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